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Mostrando postagens de fevereiro, 2010
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quando o tambor toca todo mundo sai da toca poetas, burocras, bacanas e sacanas quando o tambor toca todo mundo sai da toca técnicos, pirotécnicos, sanos e insanos quando o tambor toca todo mundo sai da toca governos, cavernas, infernos e santos quando o tambor toca todo mundo sai da toca palavra sons gestos cores e cantos quando o tambor toca todo mundo sai da toca bits e bytes batem tum tum tum tum desde o primeiro toque na barriga materna desde o primeiro rito do ritmo da terra fraterna quando o tambor toca todo mundo sai da toca e se toca e se troca nessa teia digitada e de digitais nessa volta do dragão aos novos mares não é mais de um nem de poucos é mais da libertação dos pares quem está longe fica mais perto é quando a abolição dos escravos permite a ebulição dos libertos teia libertária dos corpos e dos signos teia que aperta o laço nos espertos teia dos contras e dos prós nós desatamos os nós quando o tambor toca todo mundo sai da toca e se toca e se troca se tem o dom...re

Ainda há uma menina.....

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Há um menino Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto balança Ele vem pra me dar a mão Há um passado no meu presente Um sol bem quente lá no meu quintal Toda vez que a bruxa me assombra O menino me dá a mão E me fala de coisas bonitas Que eu acredito Que não deixarão de existir Amizade, palavra, respeito Caráter, bondade alegria e amor Pois não posso Não devo Não quero Viver como toda essa gente Insiste em viver E não posso aceitar sossegado Qualquer sacanagem ser coisa normal Bola de meia, bola de gude O solidário não quer solidão Toda vez que a tristeza me alcança O menino me dá a mão Há um menino Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto fraqueja Ele vem pra me dar a mão ( Bola de Meia, Bola de Gude Milton Nascimento)

Era Iansã

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Não era noite, não era manhã. Mas ao mirar o céu, Conduzida por estrelas, Via-se a chagada da filha de Nanã. Era tanto brilho, era tanta beleza. Era tanta força presente em seu olhar, Ventos e raios anunciavam A chegada de OYÁ. Era tanta emoção, era tanta alegria, Se alguém chorava, se alguém sorria, É porque avistava, no céu em festa A comandante do tempo, a rainha da ventania. Senhora do vento, Senhora do raio Brilhante e forte tal o sol de cada manhã Eparrei... é a Dona do tempo! Eparrei, é a bela Iansã! (Alex Memel)